Há quem tenha uma espécie de pavor às asneiras. Mal ouve uma fica escandalizada! "Ai isso não se diz", "não se devem dizer asneiras", arregala os olhos, vira a cara, suspira. Tenho cá para mim que até devem ficar com taquicardia e afrontamentos quando ouvem uma. Mas como estamos a crescer, esta malta jovem é irreverente e diz asneiras quando algo corre mal, está chateado ou barafusta.
Bem avisam, reclamam e dizem que não se deve dizer, mas a malta não liga. A pior asneira que devem dizer é "catano" ou "caramba". Adoptam uma posição zen e desprovida de palavrões, mostram ser pessoas politicamente correctas e pacifistas. Mas quando se chateiam só dizem: "ai caramba, que maçada"?!?! Soa-me a insípido, sem conteúdo e a falsidade.
Mas isso sou eu que sou adepta de um estudo britânico que comprova que dizer palavrões alivia a dor. E eu prefiro ser considerada mal-educada (um bocado mau feitio) do que andar a sofrer, cheia de dores. Digo, alivia e aquilo passa.
Mas vou tentar respirar mais, relaxar mais, pensar mais antes de falar (porque às vezes ainda me posso lixar) e tentar não dizer asneiras...
O ideal seria pôr pimenta na língua como se faz aos meninos mal comportados para serem castigados e nunca mais ouvir asneiras!
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